29.12.03

continuando a sessão..

saravá!2
(aos que não tem vida, nem atividade, nem cria...)

apresentação: prazer Tamara Costa, a que aqui vos escreve desde 2002 in questo blogue maledeto. Escritora sim, porque é preciso, porque eu quero, insisto, escrevo e tem sido assim desde que decidi escrever - e não afundar em qualquer merda. então, eu não publico tudo que escrevo neste infelitche blogue. isso aqui é um meio de publicação da tosquice-pós-moderna que eu adaptei - para publicação de algumas de minhas putarias dignas de apresentação, para que as personas (sim, personas com personalidade não gente-mesma-que-anda-por-aí-sem-fazer-nada-pra-mudar-a-rotina-do-ônibus-e-da-história) pudessem entrar em contato com esse universo do palavreado que estou vivendo. "eu tô te explicando pra te confundir..." como Tom Zé andou dizendo. sim, este blogue também querido, que serviu de suporte à várias estadias infernais de questa vita. pois bem ou não, não tenho outro blog ou qualquer outro vínculo de publicação. apenas na garganta da serpente . e faz algum tempo que não publico nada mesmo lá. parece que estão lendo isso aqui, parece que tem gente que copia e diz por aí que cria o que não criou. é preste rumo que vai meu saravá de hoje! tem mesmo, até porque eu sou uma das que copia. e cola. e mostra as autorias, principalmente. sou dessas que admite à todos os vivos que quiserem saber; meu dna-do-mal, minha origem bizarro-criacional, o que leio, o que vejo, escuto, o que acontece, as minhas influências que inegavelmente existem aqui no âmago do meu estômago, pulsando no meu peito - até que virem peidos ou poesia ou qualquer forma de expelimento. nestas palavras pulsam a vida que dou aos ossos, através do meu canto aos mortos queridos e aos vivos que vêm. eu sigo os amando, os vivos que pulsam originalidade e os mortos mais vivos que muito vivo-morto que anda por aí... ANTROPOFAGIO MESMO, e deixo um link para maiores averiguações! enfim - os links são também uma maneira de deixar uma biografia-bibliográfica self-service pra quem vem aqui me ler. não pensei que iria me apresentar, que seria preciso, porque tudo está mesmo no ar. e é assim que eu deixo, assim que vai ficar. um dia vou parar de escrever aqui, porque isso me dá nojo muitas vezes (já pensei em parar) pela maneira com que a palavra blog vem sendo vinculada a coisas do modelo trash - mas sem nenhuma graça. só mesmo escolhendo o maior dedo e enfiando no suvaco para rir. quando eu puder me justificar - nos livros - através da impressão é que eu vou me calar por aqui, deixar os arquivos mortos para bill gates e a globalização. porque meu negócio é livro, é transcender, desmistificar o que for necessário - não blog ou meios firulentos de publicação, como este. vou continuando até um dia quando....

"os livros são objetos transcendentes..." caetano velosiando

eles virão, que eu tô escrevendo que nem uma coelha bem gorda no período fértil!

puta pelos panaquismos a mais...
Tamara Costa

27.12.03

saravá!

(aos panaquismos, pequenismos, idiotismos e coisas do tipo mini)

em primeiro lugar vai-se-foder, você aí pequeno, sentado em sua miséria egoistificada, na tua casa, tua bunda, tua vadia estadia em minha vida deve ser saraváficada. toda a merda mal lavada, à tudo que vai pra debaixo do tapete, eu repito, meu leite não amamenta boiada nem comboios de gente-mesma-pessoa. gente que não faz nada pra mudar a rotina ordinária do ônibus e da história. gente de merreca, sem vida, sem atividade, sem persona, sem paixão. todos esses pra mim vão - dar a bunda na lama. dar o cú na neve. ou qualquer coisa que se assemelhe a sujeira e que cause dor. muita dor.

a dor é doce
a porra é doce também
basta saber provar.
doce de sal
do doce e do amargo
prove,
engula,
e se puder
se houver forças suficiente
se houver grandeza -
não vomite
e viva bem.


salve-se quem puder, é feliz - o natal.






L'inconnue de la forge, por Michel Bousquet

13.12.03

poesia (in site)!

(entre) desenvolvimento sustentável de fumante é acender um cigarro no outro. (parênteses) só pra solidificar.

porque eu teimo em concluir que poesia tem que ser foda, não importa a classe. foder com classe? affff.


.
.
.
.


daza:
(session das antigas)


MANTRAS

VOCÊ AINDA VEM
PORQUE EU SOU UM BOLO
E AINDA TEM UM PEDAÇO PRA COMER


ME LIGA AINDA
ME LIGA AINDA
E DIZ
E DESENTALA

VOCÊ VOLTA
OU VAI VAZANDO

VOCÊ TEM PAZ?
EU ACHO QUE NÃO E NEM QUER TER
EU NÃO TE DOU PAZ
EU NÃO TENHO PAZ ENQUANTO VOCÊ NÃO DIZER

ME QUEIRA MUITO ME QUEIRA MUITO ME AME
AME MINHA BOCA E MINHAS MEIAS SUJAS
MINHAS CALCINHAS E MINHAS UNHAS
PORQUE SÃO MINHAS
NÃO TUAS
NÃO SOU
SUA.

UM TRAGO DE MIM PRA VOCE - TIM TIM

ESTOU FICANDO LOUCA
DÁ UM SINAL SENÃO EU SUMO

NÃO, NÃO VOU SUMIR

VOCÊ VAI APARECER
PORQUE QUER DE UMA VEZ POR UMA VEZ,
VAMOS VER O QUE É ISSO.


(e vai repetindo na cabeça, com outras palavras mas talvez da mesma maneira - mantras da solidez)

caráleo, essa vai sozinha que eu tô na espera paranóia delirante com a cerva e a cigarita esperando sipatriça.

eusoueusouegoístaeusoueusoueusouporquenão????porquenão???

junto com o cigarro. dentro de um corvete ou se já me lembro bem um maverick, isso mesmo, meu pai meu pau de pai de deja vú. olho no centro do cóxix e já vi que já foi assim, com gosto de limão. do doce, e do amargo. eu quero. quero.
dedução:
olhares de reconhecimento ou uma merda de enganação!?!
meo dedão.
pau no cu da programação.
nada está pronto.
não é começo nem meio nem relação.
foda-se as horas....
a vida é agora.

role
enrole
suba
desça

como quem quiser...


.
.
.

de deeeuuuuusss do malllll
eu sou estrela do abismo no espaço
o que eu quero é o que eu penso e o que eu faço
onde eu tôooo não há bicho papãoooooo


tocoraul

10.12.03

História esquecida e/ou Um ponto de vista

Ímpia! Foi a igreja benzer-se! E foi rápido antes que a experiência do - Ah! Que merda, porque fui fazer aquilo - antes que mais uma palavra arrependida te sugasse os pensamentos, e não mais houvesse tempo de redimir-se. "Se, porém, Deus salva o pecador, que perigo há em pecar? Na verdade, o pecado é uma tentação positiva..." Pureza como a do coito entre os mosquitos. Sua mãe lhe deixou de herança, o pedir tanto perdão pela inércia das pernas trépidas, e só agora isso anda dando dor de cabeça. No frio fica difícil não querer esquentar-se. Queimou-se por dentro enquanto aquele ser se prostrava sem pedir licença em seu ventre. Certa noite, antes que pensasse em rezar seus pais- nosso com remorso do feito, foi que foi, esse tal de fez que não fez só deu o que pensar no sítio da Mãe Ana, o cheiro de chumaço do sovaco do carpinteiro descamisado. Já é ruim demais se sentir mulher solteira, cansada e ainda frouxa de paixão. Trouxa de roupa suja, largou logo a labuta. Saiu correndo para porteira com a vassoura nas mãos oleosas, ajeitou o grampo do cabelo e de qualquer jeito saiu afoita da casa. A anágua subido, ela gritando - tô indo, tô indo, calma meu filho - abriu a porta e lá estava ele; todo rasgado, um perfeito esculacho, com uns panos debaixo do braço dizendo vamu comigo embora agora! Ave! Ave! Não é assim que se aborda uma mulher cheia de... A profunda respiração era sua única certeza. Uma suspeita de paraíso recuperável. Se lavou de desejo antes que a família perdesse o orgulho. Santa Maria reparadora, ela própria teve a clemência de não tampar os mal feitos. E desde quando respeito compra felicidade moça? - disse o carpinteiro - Não é hora de se confessar - limpou poeticamente o escarro na beira já dura da camisa. Arremessou-lhe um beijo que trouxe além de um desejo descontido, o cruzamento de algumas carícias nervosas. Estava habituada a disfarçar, entrou de lança em casa, catou algumas mudas de roupa e saiu gritando foda-se, palavra mais pura encontrada pro seu estado de ânimo. Alforriada enfim, se livrou da futilidade que mascarava seus dias, saiu com o tal moço num burrinho manco e foi viver sua vida. Foi um escândalo para sua família. Desoladas, as velhas, as irmãs da família e essas coisas, encontraram uma saída para a vergonha que a menina lhe causara. Seus pais espalharam pra vila que a filha, ainda virgem, estava grávida e que foi a escolhida, levada e fecundada pelo amor de Deus. Somente as ilusões eram capazes de "fazer crer" os fiéis, as ilusões não as verdades. Distante do sítio que nasceu, numa cidadela que viveu, teve seu filho que por coincidência ou fatalidade do destino acreditava, desde pequeno, ser profeta - invocando a verdade eterna - palavras de carne e sangue. Naquela época muitos o seguiam e até hoje muitos acreditam em suas palavras. Alguns até o acharam louco, não era na cabeça que ele tinha o centro. Não sabemos quais são realmente os fundamentos das verdades aceitas, mas podemos observar individualmente seu desenrolar. E isso é apenas uma versão de uma história esquecida, uma lenda ou um ponto de vista.
"...E toda criação surge das trevas para a luz."


Tamara Costa

21.11.03

atualidades cinematográficas: Festival de Cinema de Brasília.
"Glauber - O Filme, Labirinto do Brasil"
Filme do caralho!

16.11.03

está tudo festa, tudo farra, tudo sem amarras. Sem nexo, sem pano ou fundo ou tela. Tudo amarela e ela vai para outra festa. Outro ambiente estranho. Um grande amigo. Um amigo grande me pega pelo ombro. Lá do alto tudo está de cima tão pequeno, tão longe.
Um cheiro forte de bebida barata e música alta.
Um cheiro forte.
Aproxima-se - o banheiro móvel (de madeira).

Ação - homem que mija em duas meninas.
Bizarrão - homem silencioso que urina na cara de duas meninas.

STOP - duas meninas molhadas com medo da reação do cara.

E lá se vão polícias e câmeras e outras cretinetagens que inventam para caçar a raça, porca raça humana de porcos. Tudo está sob controle. Ele está sob um helicóptero de captura. Ele é motoboy. Motoboys não tem rodovia. Não param na pista. Lá está ele outra vez, mais rápido que um motoboy, no banheiro outra vez.

REPEAT (do xixi).

E assim foi sendo, que foi indo, que foi assim que ninguém pega ou captura o ator do xixi. O mijão de minas.


" (...)as coisas conversam, coisas surpreendendes fatalmente erram acham solução. e que o mesmo signo que eu tento ler e ser é apenas o possível ou impossível em mim, em mil, em mil." caetano, por voz de cássia era

11.11.03

esta foi goianosa, até tentei blogueficar isso semanas atrás mas a coisa está ficando muito distante de súplicas, apesar de ainda roucas.
tá foda-se muita coisa.
.
.
sono, osono, somo
o som (valentina)
o sono (quase vence o primeiro dia).

29.10.03

cretinolagens (do poderia ter Si Doeu)






"Boceta entre as bocetinhas ou Safo e as menininhas" por Omar Khouri
POR DENTRO, POR FORA
SKYLAB IV

Por dentro, por fora,
Por dentro, por fora,
Você não entende
Tô sempre por fora.
Pra eu estar por dentro,
Eu estou por fora,
Pra eu estar por dentro,
Eu estou por fora,
Você não entende essa minha lógica,
Eu estou por dentro
Porque estou por fora.




27.10.03

Necks. Nescoço. Nervos. Neeerrrvoooss. Nervuras. Nerveduras e ect. (se)

Descrição:

ESTACIONAMENTO PÚBLICO
O carro estava estacionado ali. mas não está mais. me moubaram ou desmaterializaram ou - você pode vir aqui comigo no meu ônibus de 24 lugares especiais, quer dizer, vou te cobrar oitoecinquentaequatro pela viagem e venha aqui ver os passageiros.

PORTA FECHADA, DOIS SUJEITOS A VIGIAR UM QUARTO
olhaqui, esses são os pacientes. quatro deitados lambidos-largados no chão, passageiros-pacientes, que esperam no colCHÃO entre outros que estão em piores condi. Oh nões!
não, vou ver se o carro se materializou!

mas então que chega ele de fora do quarto, olhos escuros, pele branquíssima, cabelos despenteados. ele vem de fora, mas poderia estar dentro (daquele quarto). cheira meus braços, instintos aflorados. cheira e começa a respirar delicadamente numa região muscular qualquer. cheira e segura minha mão esquerda. coloca no pescoço. sinto que vou ser perfurada mas retiro dali um pedaço de piercing alargador, do modelo estaca indígena. tiro aquilo daquele pescoço. não sangra. agora está apontado para o meu.

TRASQUEOSTOMISTAS SEM FRONTEIRAS





10.10.03



vicious!

LOCK THE CAPS!
colheres de chálalalá

quando faz um tempoque você não escreve e para pra pensar
vai que bom que isso é meo deo que merda que sai lá
sai lá
sai lá laiá

mas que bom que isso é meo deo que se você deixar
a coisa formar
é que vai daqui
ou vem de lá.

quando os resolve do teu os revolver do meu
resolvem se atirar
ai que deos que isso que é meo deos
que é findi novela.

beija todo mundo eu e beija o seu e beija quem vai dar!!!!


clapssss

11.9.03

mais feliz então...
mas nem tanto

O que me interessa é tencontrar com as mãos bem vivinhas, a boca - língua poros e pêlos. e água de chuveiro. mas você é desses que estão por aí, em qualquer lubares, a procura da próxima refeição. Baba buraco negro.
ahm?
undead...

uma correspondência: para mim não-pode-ser!? há temos não tinha notícias dest(e)inatário. sequer sabia se estava vivo (bela lugosi's dead, não me canso - repito). possibilidades então: suicídio ou porre. essa correspondência demente veio parar em minhas mãos trementes. maldita e feia. eu a odiaria a partir de agora. agonia agonia. ele está mesmo vivo e essa não. oh oh! essa não é das melhores do dia, nem de qualquer outra coisa.
olha a ossatura que eu achei.
estava mesmo na hora de alguma coisa morrer, ir pra debaixo da terra, como as bostas e as pessoas.



então volto a escrever.
viva!

9.9.03

"writers are desperate people and when they stop being desperate they stop being writers."

"are you desperate?"

"I don't know..."


(Sr. Bukowa)

26.8.03



Avante monocelhas!
e fodam-se ceras e pinças...

25.8.03


UMBRELA
chove e molha e seca e fecha
.
.

e depois abr'ela outra vez.



musique-me; Bela Lugosis Dead (por Bauhaus)

24.8.03

dor(res(fria(dor
Dor de cabeça
Desça
Ao centro até chegar no
In. (bi). Go.
Chegue assim
Assando o colchão.

.
.
.


"Há momentos na vida de um homem em que um charuto é apenas um charuto"
Freud
Frued
Fuedr
Fuder


.
.

Eu cago na cabeça desses poetas e escritores.(Uma adorável pombinha branca.)


.
.


Chamas, entro. Há várias pessoas fumando.
Fumaça.
Cheiro e fogo.
Beijinhos no rosto.
Abraço estranho, eca.
Contatos furados. Ôpa, aqui o cigarro! E vinho e a anti-psiquiatria e a semana passada navalha na testa batendo lata ou garrafa. Ar que sufoca.
Como não? nego, ergo. O vinho.
Mais música.
Ela entra no ar que entra no cigarro que entra em mim que dentro deste quarto está ou estou cheio de gente.
Muita gente no mesmo ar, vai acabar em música e solidão de violão.
Coragem.
Eu vou. Eu vou. Passo a mão no seu cabelo. Passo esse cabelo em cima da cama tem um chapéu. Associo elke maravilha e cinema mudo.
Baratas no canto da sala.
Baigon são os vizinhos ou alguma tia dessas tias que te ligam dez vezes, e mesmo que você não atenda ela continuará ligando pra acabar com seu sono, sua suposta paz, seu dia inteiro, ela está preocupada com quem?
É triste.
Dói a barriga, roda o quarto e a cama e o embrulho.
Estômago um estouro.
Depois vem o sono, vem o sonho depois, vem o esquecimento.

20.8.03

O que importava não era exatamente acoisa, mas o que estava entre o abismo que se erguia entre, entre.
A senha virando sina.
Pois éam...

linke! Rebel Rebel

3.8.03

De Poe



Não fui, na infância, como os outros
e nunca vi como outros viam.
Minhas paixões eu não podia
tirar de fonte igual a deles;
e era outra a origem da tristeza,
e era outro o canto, que acordava
o coração para a alegria.
Tudo o que amei, amei sozinho.
Assim, na minha infância, na alba
da tormentosa vida, ergueu-se,
no bem, no mal, de cada abismo,
a encadear-me, o meu mistério.
Veio dos rios, veio da fonte,
da rubra escarpa da montanha,
do sol, que todo me envolvia
em outonais clarões dourados;
e dos relâmpagos vermelhos
que o céu inteiro incendiavam;
e do trovão, da tempestade,
daquela nuvem que se alterava,
só, no amplo azul do céu puríssimo,
como um demônio, ante meus olhos.


Por Edgar Allan Poe

Qui suis-je? por Bertrand Desprez


E uma razão
some (a calcinha) somente
umulher
umem
unem
sugestão;
e uma meia-calça
é uma meia-razão.

Arrastão!!

palavras são sons de sim - como Velvet, Portishead que dá.

1.8.03

grã-finês (são batatas-fritas ou fotos ou OBs)

Olha estamos aqui falando de filmes, você já viu ____________ ? Embri-embre-agado de amor, Hombre de dios, Requiém (?) para um sonho, Baskiat, Dançando no escuro, ai que Beleza - o saco, ah o saco, sim o saco, Lars Von Trier... Dogville!!! pela graça do cão "eu acredito no homem..." É mais que mas que tão mais também que chega a ser pouco, sei lá beacho me dá um cigarro e uma língua pra lá, outra pra cá. toma lá, dá quase que.
a superfície de gelo dando âncoras ao riso. que lindo!
Não mas é que não é bom ficar falando não por aí porque atrai outros nãos. Por exemplo, peça. Mas não peça não antes nunca peça com nãos. tudo bem!
Ano dos e-na-mo-ra-dos... tralalala, yuppy, hey, rou, roquem roul, soul também. Erikah Badu, no telão, no tributo a Bob Marley, veja isso!
O homem ao quadrado, Leon Eliachar, você pode achar em sebos, mas é um livro leve como livro leve. Tome nota;
chochilei com o cigarro na mão, quando acordei tinha fumado até o cotovelo!
Tá mais soquismo, prazer e dor ladoalado me belisca pra ver se é? Não pode estar aqui, como eu acredito no homem... ahahaha
Batatas com queijo, como leve.
Cerveja com becke, samuel samuel.
Tudo mais, tudo de mais. Palavras que vão e agrupam um som horrível. Umas coisas horríveis mesmo, mas eis que estamos lá com o cabeludo. Com o papo. O eu-saco. Saxofones não é mesmo? tony ramos-nos.

11.7.03

"Eu falso da minha vida o que eu quiser. Falso sem o verdadeiro como oposição. Falso porque a verdade está morta. Falso porque o amor está livre. Falso porque a felicidade é um exercício, uma prática, um território de delírio." Paulinho Moska

8.7.03

EU


Eu
Quando olho nos olhos
Sei quando uma pessoa
Está por dentro
Ou está por fora

Quem está por fora
Não segura
Um olhar que demora

De dentro de meu centro
Este poema me olha

(Paulo Leminski)



... e sempre com aquele nosso cuidado de não esquecer aquele meu-teu guarda-chuva.





Digestiva

Tem gente que engole o pircing da lingua
Tem gente também que engole seco
e outros que não engolem
e outros que cospem mesmo não tendo saliva
ou motivo.
E depois vem o respeito
Vem depois
de ver direito.

Sem pressa, sem apelo
Está tudo em pares
Sem papas
Na ponta da língua,
ou na saída dando a contra-partida.


Coisas do cumeço.

20.6.03

Entulhos passados sobrevoando ao som dos tambores e do outro lado;
- Olha a pedra! - murmura com cuidado o passado que não passa, a pedra encravada na espinha vermelha. É como se fosse parte da raiz, mas não é. É pura dukka do desejo desenfreado, passado.
Lammmmmmmmmmm
Então na porta do quarto há um curioso espectro umbilical. Laranja como os bancos sentados da rodoviária Criatiba, das trocas, Curitiva. Olhos de tigre vão digerir a raiva e acelerar o metabolismo e todas as funções concebíveis.

O som é;
O som é Deus Ravi Shankar

14.6.03


O junino

30.5.03

Sinto os dedos entrelaçando como se as mãos respirassem num só orgasmo unificando ois dois pólos da respiração, unida estou (r)indo. Desce daqui de longe, ruídos, corre cotia, minha pala, de noite, minha vista, de dia;

Rítmica
ao maxilar

Tupam nafa fam jaratubam!
Supi lo lololo Ja ka lulu lululu
Papri prapriiiiii to to to tootototo ui uuii
Aaaaa ie ram ram ram ram ramram
Iiiii eeee ai ai em oooo ve ve veve.

Ques man nosofo latumin javosiele nonsovan comoli sonová.

Josoline. Josolana. Jarotuneta. Jocloso. Crota. Tunim. Tulin. Pulovano. Dovaldino.
Closho. Cluivan. Clorotoro. Cravusita. Slineodio.

29.5.03

Ousvoé, Podia ser um velho caído bëbado no canteiro.
Ousvoé uma velha cozinhando galinha caipira pra mais quatro pessoas do resto da família.
Mas era muito mais, Ousvoé, era muito mais família pra ser engolida.
Os inham vozes inham ou inham são sou belo riso, ouço mas não, digo, claro, são, mas não hei de condensá-los em vão.
Hugh.
Eis que vão virar liras para meu cão, Alfredo.

3.5.03

Over The Hills And Far Away
Led Zeppelin

Hey lady -you got the love I need
Maybe more than enough.
Oh Darling... walk a while with me
You've got so much...

Many have I loved - Many times been bitten
Many times I've gazed along the open road.

Many times I've lied - Many times I've listened
Many times I've wondered how much there is to know.

Many dreams come true and some have silver linings
I live for my dream and a pocketful of gold.

Mellow is the man who knows what he's been missing
Many many men can't see the open road.

Many is a word that only leaves you guessing
Guessing 'bout a thing you really ought to know, ooh!
You really ought to know...

Ela é minha irmã mais nova, ela diz. Fecho o bico assim bem fechadinho e fica bem claro que não gostei. Não gostei e não gosto mesmo dessas brincadeiras, porque a coisa não está pra brincadeira mesmo. O negócio é bico, o negócio é testa franzida. Mas está pra tirar o gesso, melhor. Está tudo roxo aqui embaixo. O pé não vai ser o mesmo. Meu pé direito. Lado da razão. Rompi o ligamento, associo, do pé direito. Meu pé, meu pai, minha mãe, minha pé, meu pau, cantarolo arnaldo antunes. Uff, tudo roxo mesmo. Pisa fundo que dá sempre mais um pouquinho, mesmo doendo. Vai fundo. Vai Dulcina. Vai teatro. Vai que estou indo. Que é pra não machucar também o esquerdo.

E agora os humores estão pra entrar no gráfico. Essa foi boa;
Anti-oscilatório.
Bom, não se assuste ao ler a bula, é um remédio para eplepsia.

29.4.03

A esperança, essa paca gorda, ainda me comove.

28.4.03

era um bonequinho de voodoo
uma urucubaca
trinta e nove agulhadas
um conjunto de energias desarmonizadas
um asco
e duas navalhas
duas pernas fraturadas
tudo sufoco
tudo apertado
e quem nem benzendo
nem fodendo
nem mudando
só o tempo,
puta que pariu.

24.4.03

Don't you want somebody to love?
estou mantrificando
Não consigo don't you need somebody to love? parar wouldn't you love somebody to love? , ah!!









Não tenho nada pra falar nem pra quem dizer ou vontade de reclamar, este corpo está abarrotado e quase que quase que foi lá vendo aquela caxoeirinha caindo ao lado com tantas outras pedras que seguram, mas logologo disse NÃO é hora de ir pra lá das águas, salve salve, que ana, salute, preciso beber essa pinga senão vai chocar com essa quentura mestruada, sangue, muito sangue no ar. E no joelho, duas seringas de sangue por causa do tombo. Por causa da chinela velha que não faz mais trilha boa. Tudo podia ir bem se não fosse essa merda de posição oraculista. Essa merda de posiçao-pata-choca. Não anda, não come, não fala. Mas que hai una fresta que adentra essa janela no fim da tarde dizendo, assim como lá na caxoeirinha, que essa não é a hora de dar pra mãe gaia esse resumo. Ainda há o que decir, mesmo sem banda ou esperança ou sexo ou agulha - há novelos pra desenrolar. Acho que é por aí, por baixo ou por cima...

Antes tu ouvias tom waits
agora nem quer mais saber daquele dia
ou daquele preço que não paguei
Não quer ver nem ouvir
Deveria ter mais categoria te mandar ir se foder
como cada um
faz com cada
um que passa
que fode mesmo
como porcos correndo no cimento
por dentro o posso
em cima da cara lavada
várias camadas
personas e máscaras
vozes saindo por um só buraco
bem alto, direcionado
no alvo -
acertam os patos!
ah, como eu odeio piadas repetidas!


"Era uma galinha tão galinha que aprendeu a nadar pra dar pros patos."
Falcão
Don't you want somebody to love?
estou mantrificando
Não consigo Don't you need somebody to love? parar Wouldn't you love somebody to love? , ah!!

ela é bem amável

22.4.03

Orxáalia - Uma puta espanhola que senta de pernas cruzadas enquanto responde as perguntas do entrevistador que está afim de traçá-la. Porque já me foderam muito na vida. Porque eu quero o extase. Porque nada tem que ser explicado, tudo tem que ser fodido e elevado.
menos ovo e mais putaria, deveria, mas a Urucubaca me paira!
Duas pernas castradas, uma boca que já não mais envereda os caminhos da contra-dicção
"Muito pircing no ar" os médicos vão reclamar na próxima operação.
Meus joelhos são frangos disfarçados de joelhos. Já não me podem mais.
Escorreguei na pedra de Pirinópolis sábado, fui parar no hospital...
Putz, no feriado - tinha que ser. Aí um médico e uma enfermeira. Todos com caras de puta que pariu vai ser doente assim lá na china, eu lá quebradiça com uma cara boa... Claro, porque hoje em dia só o estuprador pra me afetar, dos bípedes eu considero. Coloquei uma tala que me custou um sábado e um domingo provavelmente entorpecente-promissos.
Hoje fui tirar o sangue do joelho e colocar gessos em ambas as pernas. Agora estou aperfeiçoando minha estutura óssea para vias de arrastamento. Só sendo cobra mesmo.

Mas estou aqui vivinha, pro desgosto dos meus inimigos. E a reza vai ter que ser cada vez mais braba porque o bicho aqui tem sorte pra escapar fodido e estrupiado.
Agora vou ver se consigo descer pra cima porque esperança é coisa pra genequine atuar. Um brinde ao abismo, pior ainda pode ficar!

Até esqueci a manha de escrever em blog e isso aqui está parecendo mais uma pasta citações mofadas e inúteis. Caramba, que constatação!
É que tenho dedicado esses últimos meses ao emburrecimento e a anulação. Não parece promissor?
Estudar pra continuar sendo um fodido. Eu devia aceitar isso, passar um pouco de vaselina no caos, dizer o que os outros dizem e fazer o que os outros fazem... Quem sabe um dia isso acontece, "é um processo natural de adaptação", mas por enquanto acho que continuo aceitando que não, é tudo muito doido e a esquizofrenia pode se fixar de uma vez em todo meu futuro pra facilitar minha reconciliação com devir.
Agora que tenho sete dias de ostração e vou reclamar com mais calma!

16.4.03

complexo-ativado,

(...) Na verdade isso mexe com os intestinos. Mas eu sempre estive preparado para o pior. Quanto ao inevitável fim acredito que depois de experimentar tantas sensações diversas, é possível que o espírito ainda não se sinta saturado, mas, ao contrário, exacerbado, e exija novas sensações, e mais violentas, até exaurir-se definitivamente. Ademais, para que acabar? Tudo é claro. Tudo isso, irmão, é uma velha canção. (por Dostoiévski)






13.4.03

Se você já sabe quem vendeu aquela bomba pro Iraque
então de-sem-bu-che!
Eu desconfio...

Companheiro Tom Zé com erro e tudo.
Vamos voltar pra terra da monotonia das restrições familiares. O mundo já está cheio de situações mais ou menos interessantes, fazendo-se desnecessária a invenção de mais alguma. E já de manhã fui atraída pelo movimento de caçar minhocas com meu afilhado que então me disse que foi no zoológico visitar seu próprio cachorro - que era amigo do dino-nossaulo do parque da cidade. Aquilo de ver o próprio cachorro se debatendo com o rex e os animais atropelados pelo automatismo cruel da sobrevivência, acabou recolhendo em mim os membros estilhaçados dos corpos que ainda restaram após a colisão entre os homens. Com esforço ainda pude sentir meu caráter animalesco (ainda que supostamente desnecessário) se comunicando telepaticamente com meu afilhado. As imagens e as bizarries são mais fortes que qualquer linguagem.
As minhocas são cobras pequenas.

22.3.03

" As diversas possibilidades de conexão dos fiozinhos do cérebro refletem a
INcostância dos meus movimentos labiais.
cuspir ou sorrir?
eis o q não


sei



O vento sul vai varrendo a cidade... a cabeça é o destino dazgumacoi q voa...
O frio! ah! o frio..."
(Clei)





O grito dos olhos,
vejam que Cleissistem ave-três-vix apresento aqui,
meu espasmo sempre
a esta pessoa fodidamente imensa e possível
com cigarros autênticos diante do inverno fela-feli-feri cidade
como? Posso? não... Há tempo.
Há confusão neste mundo laranja,
e ouço um suspiro vivo
sempre - e desde então os complementos se realizam.










15.3.03

OSSOS DE BORBOLETA
por Tarso de Melo


mínima (em
ecos magros e
horizontais
de palavras que
imóveis deslizam
e amplificam-se
de sentido a
sentido) uma
incomensurável
tessitura de inevitáveis
outros amanhãs
que (oásis seco: sol
cansado dos hábeis
moluscos e folhas
fartas de músculos)
eleva a sinfonia
das datas a ruído




12.3.03

O CÉREBRO ESTÁ....
barroco porém a decisão não se encontra entre tantas cabeças como um pão-de-batatas que mal desce depois vejo que se chamava homem, também se chamava sonho e invento a solidão, solidez - está aqui mais uma amostra porque você inventa o pecado e aqui fico eu no inferno ouvindo tom zé, não é tão ruim quanto parece e poderia ser pior como por exemplo ouvir que o momento foi perdido ora boas que momento foi esse que não vi que não possa ser após isso, ter não sido é coisa calculista e não tenho saco pra estatisticar minha vida nem fazer contagem de erros só que agora ele vem arrombano esta coisa que está cheia de mochila, não não vá embora - pego as chaves e escondo no guarda-roupas, guarda-chuva parabrisa sob meus cabelos despenteados bem no fundo dessa cabeça é só fechar os olhos e já estamos seguindo com uma borboleta colada na capa - uma foto preto-e-branco expressando bem que o mesmo elemento pode formar substâncias diferentes - eu - meta alotropia ramificada. Gregório de Matos travéz aqui neste inferno barroco, é paradoxal mesmo voltar - eu prefiro o mundo há long time ago e por isso o reparo está na antítese - belamente feio estar aqui. Em qualquer lugar, é bonito a divisão euclidiana fazendo par com o primo do número-selvagem - que é um corpo em movimento. Roma eu, Roma eu seu dionísio.
Informações literárias - ou não...
Na garganta uma cousa das cousas,
na ala VENENO CRÔNICO, quem quiser degustar mais inquietações e motivos nada óbvios...
esqueci o título, mas está lá.
questo editor está com intervenções japa...

2.3.03

por aí por acaso anda só - a chuva molha tanto - como melancia ou melão com o som e o ambiente junto formando suco - um arco de para-nóia para-nóia - grito seu nome até o ca - dê o ca - dê você dê - me aquela me chave-me dê que joguei dentro do rio de noventa por cento-sento-certo aqui junto faltam dez para meia - molha que mão sangra - olha que o chão não passa de mais um obstáculo - um fato concreto - com prosa ou com esquecimento mesmo se não lembras-não importa são iguais e fazem barulho até que contigo tudo dorme sem-medo sem-nada sem-apego - também tá tudo certo - no meio está o maldito mago sentado sob seus joelhos magros - é tudo consideração ou uma música no violão ou menos - é tudo consideração - um salto sob o chão - é tudo suposição - um longo pulo até o chão - é tudo sonho ou não pode ser alto o tombo - não, o rosto não bate mas o dente quebra ou rala - tudo por uma construção pós-moderna surreal e detalhista - ela já foi para o espaço em uma exposição sob as balanças do universo - e já foram baianas se equilibrando na balança - acima do mato, no ar ou no asfalto ela sempre se joga - não sei mais porque - não sei mas você nunca vai perceber que tirei o sutiã antes de pular - despidos de qualquer agonia - é assim que tem que ser.

17.2.03

Aviões
camada-de-proteção
contra os não-voantes
lá fora tudo normal
aqui dentro escuro
da cápsula
um casulo
avião
eu vi
depois
um cachorro
que se transtornava
num homem-bombado
e depois da mordida
o mundo estava pintado
os homens com muita pinta
e o homem-cão
está por aí
entre os desconhecidos
daquela noite no parque
no disco
giratório
com um copo de suco na mão
pra dançar
sem deixar cair
o líquido-pouco.




7.2.03

"Todo compositor brasileiro é um complexado
por que então esta mania danada
esta preocupação de falar tão sério de sorri tão sério de brincar tão sério de parecer tão sério de amar tão sério de sorrir tão sério
ah meu deus do céu vai ser sério assim no inferno."

Tom Zé

Vamos, e quase - paro. Isso dói e arde dentro como se o que tivesse lá fosse substância que não se exprime. Espreme. Pra fora. Expurga. Extra-vasa. O que for que haja - há tristeza e filmes semelhantes passando bem em frente - estou - fazendo com que a miséria interna faça-se matéria para seu primeiro livro. Por vezes desisto e é tudo que resta. As sobras. Já não mais do resto e estou falando de lá, do negócio de tristeza, de dentro e fora pra-vai-indo já são mais de oito horas e não há mais que oito horas a mais ocupando o raio que foi bater aquele carro de ré, não sei dirigir e foi pra trás, não havia freio nem parceiro nem brasil. Havia um som que não freiava mais de tanto cansaço de viver, mas não há porque desistir, e mais: o meu amor vai pra onde for que tiver, meu amor te levo pra bem perto e seja o que, seja o que deus enquanto quiser, digo. Pois bem, acho que já estamos cansados das paranóias e dos chás diuréticos. Estamos fartos da fartura de carnes sujas e brotos de feijão secos. Tudo é triste e as pessoas são cruéis. Ergo a bandeira pra você. Branca pra você. E também uma vermelha. Estava debaixo da cama com alguns objetos e pronta para um teatro absurdo-oprimente. Vamos imitar e não mais dividir essa coisa de colocar o bonzinho prum lado e o malzinho do outro fazendo malfeitorias, fodendo com tudo e rindo. É assim, desse lado estava me sentindo (do vermelho) então coloquei outro personagem pra confundir e dizer que tudo não passa de uma farsa enorme e cansada. Tudo se repete e nada disso serve pra nada. As crianças ficaram sérias. Acabou a graça. Acabou, vamos arrumar essa bagunça que foi inválida. Cansei de provar, cansei. É tudo mentira. Ergo a bandeira que já vai batendo na coluna amarela, amassando o carro enquanto eu tentava freiar mas já era tarde, as vezes tomam vida própria, não há direção, então o carro entrou com tudo debaixo da cama, onde havia um mosquito mortinho-mortinho até hoje não joguei o tirei de lá, ele não reintegrou dentro de um apartamento. Mesmo que soubesse que era - Impossível. Tentei e caí estrada a fora pra voltar ao ponto. De partida. Não dá pra renascer entre o concreto, o asfalto, o assalto, pé fora já vamos atropelando rápido indo embora. Já, perdeu a graça e acabou. Acabou.

3.2.03

Pregos
Sol de dia e de noite uma luz clareia de cima a superfície. O apartamento quatrocentos e quatro faz um barulho estranho e solta um pim no chão que ecoa aqui em baixo junto com a música rapidinha da rádio-bossa fazendo laguchigumlum pam-pam, numa pausa rítmica que vai do ponto em que a voz se cala e solta um pá-pá que soa bem pra cara-ra, vamos lá-lá. Dando notas voadoras aqui em-baixo. Ninguém lá do de-baixo escuta o pa-pá porque é tão suave que nem o prego de cima pode acabar com a graça do pá-pá do terceiro andar. Dá até pra fazer de fininho sem que ninguém escute, só que depois das três os pregos mais concentrados tem cabeça e ouvidos machucados e a mínima respiração pode acordar os tratores submetidos do térreo. Mas dá pra gritar sem ofender o que não dá mais pra escutar. Ninguém precisa se ocultar - só o Lombardi.

29.1.03

Homeward Bound
Simon and Garfunkel

I'm sitting in the railway station.
Got a ticket to my destination.
On a tour of one-night stands my suitcase and guitar in hand.
And ev'ry stop is neatly planned for a poet and a one-man band.
Homeward bound,
I wish I was,
Homeward bound,
Home where my thought's escaping,
Home where my music's playing,
Home where my love lies waiting
Silently for me.

Ev'ry day's an endless stream
Of cigarettes and magazines.
And each town looks the same to me, the movies and the factories
And ev'ry stranger's face I see reminds me that I long to be,
Homeward bound,
I wish I was,
Homeward bound,
Home where my thought's escaping,
Home where my music's playing,
Home where my love lies waiting
Silently for me.

Tonight I'll sing my songs again,
I'll play the game and pretend.
But all my words come back to me in shades of mediocrity
Like emptiness in harmony I need someone to comfort me.
Homeward bound,
I wish I was,
Homeward bound,
Home where my thought's escaping,
Home where my music's playing,
Home where my love lies waiting
Silently for me.
Silently for me.


cantarei minhas canções outra vez e jogarei o jogo
outra vez,
as luvas
e os dedos
fazem músicas com as mesmas batidas.

"I am rock, I am an island... I fall on the floor and I'm laughing..."


28.1.03

Agradeço a Monsueto Meneses.
(...) para os desmemoriados do amor
Hilda Hilst

Tateio. A fronte. O braço. O ombro.

O fundo sortilégio da omoplata.

Matéria-menina a tua fronte e eu

Madurez, ausência nos teus claros

Guardados.



Ai, ai de mim. Enquanto caminhas

Em lúcida altivez, eu já sou o passado.

Esta fronte que é minha, prodigiosa

De núpcias e caminho

É tão diversa da tua fronte descuidada.



Tateio. E a um só tempo vivo

E vou morrendo. Entre terra e água

Meu existir anfíbio. Passeia

Sobre mim, amor, e colhe o que me resta:

Noturno girassol. Rama secreta.

(...)

16.1.03

Pessoas-interessantes à primeira vista, precisam ou não saber que são? Sim, as que realmente são. E delas brotam flores, mesmo que estejam paradas, só olhando - vejo as nuvens indo embora. E não foi porque - não havia mais álcool - nenhuma explicação. Excessão, excesso não. Pra quê? Harmonia e flores e triste é o semelhante que a nada se assemelha.

EXPIRANDO

13.1.03

Uma breve desconexão entre ela e a cibernetia, compreensível até. Outras descontruções - torres a baixo, flutuações a fundo, joguetes de lado. Sacumé, o mundo vai se renovando todo dia e cada dia é um mundo - que nasce e morre. Sem expectativas e o presente presente. Tem que ser - uma expectativa, um desejo. Voltar, claro, mas nunca igual e nada será como antes, espero. Nada, e boia. Este ano é regido por Vênus...

9.1.03

A jorgina prefere o silêncio... e só.

4.1.03

Desejo, é a razão pela qual o sofrimento aparece - que resulta ou em pertubação ou em busca.
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No se culpe a nadie.
Na esplanada, muita correria e gritaria. Reflete, enfim, minha observação, bem, os brasileiros estavam muito afim de alguém pra amar, além da estabilidade monetária, mas uma país tão grande de carências, só isso não basta, bem, o lula encara esse desejo de mudança. As mudanças não são imediatas e o povo está consciente disso - se não está vai ficar. Então vai caber ao presidente usar seu carisma para explicar isso a população. 2 pessoas sofreram fraturas e 7 tiveram cortes não muito graves. (O cientista político)