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31.8.12

dystopic I (exercício)

dedicado a Denise, my dinilso


ela mora na Rua Do Super-Lado da Quadra-de-Lá
tem os braços de Shiva que giram involuntários quando pressionam seu corpo
contra ele mesmo

é quarta-feira de Cinzas de um ano bissexto
desfigurada sai em busca de receitas
Ciclobenzaprina?
Venlafazina?
sutis navalhas,
música que acalma

Cínica Ser, Lago Norte, Brasília
acorda anestesiada numa mesa de operação
cabeça decaptada
- há um microship inserido no punho direito
& sua cabeça não está mais lá:
"no crejo"

levanta e segue varanda
acende um cigarro que lhe traga até o cotovelo 

o Menino de Mochila grita embaixo do bloco
Place Vendôme, 310 Norte
ela desce e são águas:
gondoleiro veneziano, rumos de barcos e Ferrez Fora de Tudo
óculos e phones

seguem até estação do trem
passam pela Feira,
importardos bicentenários
volta Noroeste, 
estranho espírito tatuado de prédios retilíneos que anulam
avenidas
perspectivas
pajés
santuários
reserva
macacos
pássaros

carros, só carros

acende outro cigarro que traga até seu peito
sinais de semáforos



tamara e costa


17.7.12

Lançamento Arraia PajéurBR #4: duas antologias




Convite | lançamento: Revista Arraia PajéurBR nº4


Para minha surpresa e contentamento, soube ontem pelo Pipol que o conto “Das cavalidades, publicado no início de 2010 no Cronópios, foi selecionado pelos idealizadores caótica revista Arraia PajéuBR, de Fortaleza. No que consta nos anais cibernéticos, a revista foi lançada em 2000
. Ad infinitum, pois, a revistação está de volta, com o apoio do Minc.

"O formato é singular. Em vez das tradicionais linhas retangulares, a forma predominante é triangular, referência imediata às velas das jangadas cearenses. Ou não. Quando aberta, a revista remete ao popular brinquedo infantil que lhe nomeia, a arraia. Ou nem tanto. Há quem acredite que se pareça mesmo com a regionalíssima bandeirinha junina. Mas é assim mesmo. Impossível ter uma leitura fechada quando se trata de uma publicação idealizada pelo escritor Carlos Emílio Correia Lima com o objetivo de ``mudar o eixo'', ``preencher um vácuo no mercado editorial brasileiro'', `provocar indagações'. Boa idéia embalada em caosjornal O Povo (2000).


"... além  das antologias, há uma entrevista e uma crônica inédita de Rubem Braga, o maior cronista da história de nossa literatrua, uma outra entrevista também inédita com  a escritora Hilda Hilst, uma antologia com 12 poetas contemporâneos do estado  do Espírito Santo, uma reavalização da verdadeira natureza canônica do cordel, por Aderaldo Luciano, ficções inéditas de Jackson Sampaio, Rodrigo Garcia Lopes, Edvar Costa, Barros Pinho, Bráulio Tavares. Poemas inéditos de Antonio José Soares Brandão, Horácio Costa, Leo Mackellene, Alberto Pucheu,entre outros poetas. Um texto ocultista do célebre compositor e criador de instrumentos Walter Smetak, uma entrevista com o  pintor peruano Juan Zapotec e um caderno de pinturas desse artista plástico que ilustrou as duas capas da revista, entre muitas outras atrações criativas." A volta da Arraia Pajéurbe, Papo Cult (2012).





ver também: arraiapajéurBR.com (formato zen digital)