24.10.18

agora todos os dedos desta (querida) árvore

agora todos os dedos desta
(querida) árvore tem mãos, e todas as mãos alcançam pessoas, e cada pessoa em particular é (meu amor) mais vivo do que qualquer mundo possa conceber
e agora você sou o eu que sou agora
e nós somos
um mistério que nunca se repetirá,
um milagre que nunca antes
brilhará assim -
nascendo nosso agora que virá 
quando os dedos estão sem as mãos;
e eu não tenho você:
e todas as árvores são (não mais
cada folha que cai)
o silêncio que neva para sempre
e gracioso, meu florescer)
neste nosso então
é luminosa garra de divino desejo 
(pequena e brilhante imortalidade intenciono
para que estes meus desacreditados olhos 
se aventurem no lugar do nunca antes)
confirmações duvidosas: purezaintegridade imediata: mais precisamente emprestada 
do mais elevado sonho do silêncio 
que atravessa
o mistério carne

- lua nova! E assim (pelo milagre do declínio 
de sua doce inocência) dissipar
covardias do mundo
do mais elevado sonho do silêncio 
que atravessa
o mistério carne
e amanhecer abundantemente segredo

nosso então devir escuridão
- mas nunca tenha medo (meu único
é divina garra de desejo luminoso
matar também a guerra que me habita

*poem Now all the fingers of this tree (darling), de e. e. cummings, livremente revisitado por tamara e costa.