22.3.03

" As diversas possibilidades de conexão dos fiozinhos do cérebro refletem a
INcostância dos meus movimentos labiais.
cuspir ou sorrir?
eis o q não


sei



O vento sul vai varrendo a cidade... a cabeça é o destino dazgumacoi q voa...
O frio! ah! o frio..."
(Clei)





O grito dos olhos,
vejam que Cleissistem ave-três-vix apresento aqui,
meu espasmo sempre
a esta pessoa fodidamente imensa e possível
com cigarros autênticos diante do inverno fela-feli-feri cidade
como? Posso? não... Há tempo.
Há confusão neste mundo laranja,
e ouço um suspiro vivo
sempre - e desde então os complementos se realizam.










15.3.03

OSSOS DE BORBOLETA
por Tarso de Melo


mínima (em
ecos magros e
horizontais
de palavras que
imóveis deslizam
e amplificam-se
de sentido a
sentido) uma
incomensurável
tessitura de inevitáveis
outros amanhãs
que (oásis seco: sol
cansado dos hábeis
moluscos e folhas
fartas de músculos)
eleva a sinfonia
das datas a ruído




12.3.03

O CÉREBRO ESTÁ....
barroco porém a decisão não se encontra entre tantas cabeças como um pão-de-batatas que mal desce depois vejo que se chamava homem, também se chamava sonho e invento a solidão, solidez - está aqui mais uma amostra porque você inventa o pecado e aqui fico eu no inferno ouvindo tom zé, não é tão ruim quanto parece e poderia ser pior como por exemplo ouvir que o momento foi perdido ora boas que momento foi esse que não vi que não possa ser após isso, ter não sido é coisa calculista e não tenho saco pra estatisticar minha vida nem fazer contagem de erros só que agora ele vem arrombano esta coisa que está cheia de mochila, não não vá embora - pego as chaves e escondo no guarda-roupas, guarda-chuva parabrisa sob meus cabelos despenteados bem no fundo dessa cabeça é só fechar os olhos e já estamos seguindo com uma borboleta colada na capa - uma foto preto-e-branco expressando bem que o mesmo elemento pode formar substâncias diferentes - eu - meta alotropia ramificada. Gregório de Matos travéz aqui neste inferno barroco, é paradoxal mesmo voltar - eu prefiro o mundo há long time ago e por isso o reparo está na antítese - belamente feio estar aqui. Em qualquer lugar, é bonito a divisão euclidiana fazendo par com o primo do número-selvagem - que é um corpo em movimento. Roma eu, Roma eu seu dionísio.
Informações literárias - ou não...
Na garganta uma cousa das cousas,
na ala VENENO CRÔNICO, quem quiser degustar mais inquietações e motivos nada óbvios...
esqueci o título, mas está lá.
questo editor está com intervenções japa...

2.3.03

por aí por acaso anda só - a chuva molha tanto - como melancia ou melão com o som e o ambiente junto formando suco - um arco de para-nóia para-nóia - grito seu nome até o ca - dê o ca - dê você dê - me aquela me chave-me dê que joguei dentro do rio de noventa por cento-sento-certo aqui junto faltam dez para meia - molha que mão sangra - olha que o chão não passa de mais um obstáculo - um fato concreto - com prosa ou com esquecimento mesmo se não lembras-não importa são iguais e fazem barulho até que contigo tudo dorme sem-medo sem-nada sem-apego - também tá tudo certo - no meio está o maldito mago sentado sob seus joelhos magros - é tudo consideração ou uma música no violão ou menos - é tudo consideração - um salto sob o chão - é tudo suposição - um longo pulo até o chão - é tudo sonho ou não pode ser alto o tombo - não, o rosto não bate mas o dente quebra ou rala - tudo por uma construção pós-moderna surreal e detalhista - ela já foi para o espaço em uma exposição sob as balanças do universo - e já foram baianas se equilibrando na balança - acima do mato, no ar ou no asfalto ela sempre se joga - não sei mais porque - não sei mas você nunca vai perceber que tirei o sutiã antes de pular - despidos de qualquer agonia - é assim que tem que ser.