2.3.03

por aí por acaso anda só - a chuva molha tanto - como melancia ou melão com o som e o ambiente junto formando suco - um arco de para-nóia para-nóia - grito seu nome até o ca - dê o ca - dê você dê - me aquela me chave-me dê que joguei dentro do rio de noventa por cento-sento-certo aqui junto faltam dez para meia - molha que mão sangra - olha que o chão não passa de mais um obstáculo - um fato concreto - com prosa ou com esquecimento mesmo se não lembras-não importa são iguais e fazem barulho até que contigo tudo dorme sem-medo sem-nada sem-apego - também tá tudo certo - no meio está o maldito mago sentado sob seus joelhos magros - é tudo consideração ou uma música no violão ou menos - é tudo consideração - um salto sob o chão - é tudo suposição - um longo pulo até o chão - é tudo sonho ou não pode ser alto o tombo - não, o rosto não bate mas o dente quebra ou rala - tudo por uma construção pós-moderna surreal e detalhista - ela já foi para o espaço em uma exposição sob as balanças do universo - e já foram baianas se equilibrando na balança - acima do mato, no ar ou no asfalto ela sempre se joga - não sei mais porque - não sei mas você nunca vai perceber que tirei o sutiã antes de pular - despidos de qualquer agonia - é assim que tem que ser.

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