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8.6.12

"À Vida" (1924), de Marina Tsvetáieva (2 traduções)


À VIDA  
Não roubarás minha cor
Vermelha, de rio que estua.
Sou recusa: és caçador.
Persegues: eu sou a fuga.

Não dou minha alma cativa!
Colhido em pleno disparo,
Curva o pescoço o cabelo
Árabe — E abre a veia da vida.

[de Marina Tsvetáieva, Tradução de Haroldo de Campos]


À VIDA  
Não colherás no meu rosto sem ruga

A cor, violenta correnteza.

És caçadora — eu não sou presa.

És a perseguição — eu sou a fuga.

Não colherás viva minha alma!
Acossado, em pleno tropel,
Arqueia o pescoço e rasga
A veia com os dentes — o corcel.


Árabe.

[de Marina Tsvetáieva, Tradução de Augusto de Campos]  

via Bula revista.



Caros, 
É de meu profundo interesse qualquer relato/tradução/texto/trabalho que trate da vida e obra da escritora russa Marina Tsvetáieva. Em minhas buscas, encontrei poucas referências e leituras, além de Vivendo sob o fogo, livro cedido alguns anos passados por Juliet Jones. Apesar da indiferença parisiense literária da época e de atualmente ser considerada "um dos maiores escritores do século XX", segundo a apresentação da obra, ainda permanece pouco divulgada.  Ouvimos falar dos russos, e as russas? Caso tenham algo a compartilhar à este ou aquele respeito, desde já, agradeço. Originais também são bem vindos.

Att,
T.