À VIDA
Não roubarás minha cor
Vermelha, de rio que estua.
Sou recusa: és caçador.
Persegues: eu sou a fuga.
Não dou minha alma cativa!
Colhido em pleno disparo,
Curva o pescoço o cabelo
Árabe — E abre a veia da vida.
[de Marina Tsvetáieva, Tradução de Haroldo de Campos]
À VIDA
Não colherás no meu rosto sem ruga
A cor, violenta correnteza.
És caçadora — eu não sou presa.
És a perseguição — eu sou a fuga.
Não colherás viva minha alma!
Acossado, em pleno tropel,
Arqueia o pescoço e rasga
A veia com os dentes — o corcel.
Árabe.
[de Marina Tsvetáieva, Tradução de Augusto de Campos]
via Bula revista.
Caros,
É de meu profundo interesse qualquer relato/tradução/texto/trabalho que trate da vida e obra da escritora russa Marina Tsvetáieva. Em minhas buscas, encontrei poucas referências e leituras, além de Vivendo sob o fogo, livro cedido alguns anos passados por Juliet Jones. Apesar da indiferença parisiense literária da época e de atualmente ser considerada "um dos maiores escritores do século XX", segundo a apresentação da obra, ainda permanece pouco divulgada. Ouvimos falar dos russos, e as russas? Caso tenham algo a compartilhar à este ou aquele respeito, desde já, agradeço. Originais também são bem vindos.
Att,
T.
4 comentários:
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8155/tde-19102009-144635/pt-br.php
Paula, excelente!!! Parabéns pelo estudo digníssimo.
Vou ler e guardar-te.
afetuosamente
t.
Belo blog, serei um seguidor.
E grato por me apresentar essa escritora excelente.
Grande abraço e sucesso!
Evandro, bienvenido!
merci & au revoir
Postar um comentário