7.2.03

Vamos, e quase - paro. Isso dói e arde dentro como se o que tivesse lá fosse substância que não se exprime. Espreme. Pra fora. Expurga. Extra-vasa. O que for que haja - há tristeza e filmes semelhantes passando bem em frente - estou - fazendo com que a miséria interna faça-se matéria para seu primeiro livro. Por vezes desisto e é tudo que resta. As sobras. Já não mais do resto e estou falando de lá, do negócio de tristeza, de dentro e fora pra-vai-indo já são mais de oito horas e não há mais que oito horas a mais ocupando o raio que foi bater aquele carro de ré, não sei dirigir e foi pra trás, não havia freio nem parceiro nem brasil. Havia um som que não freiava mais de tanto cansaço de viver, mas não há porque desistir, e mais: o meu amor vai pra onde for que tiver, meu amor te levo pra bem perto e seja o que, seja o que deus enquanto quiser, digo. Pois bem, acho que já estamos cansados das paranóias e dos chás diuréticos. Estamos fartos da fartura de carnes sujas e brotos de feijão secos. Tudo é triste e as pessoas são cruéis. Ergo a bandeira pra você. Branca pra você. E também uma vermelha. Estava debaixo da cama com alguns objetos e pronta para um teatro absurdo-oprimente. Vamos imitar e não mais dividir essa coisa de colocar o bonzinho prum lado e o malzinho do outro fazendo malfeitorias, fodendo com tudo e rindo. É assim, desse lado estava me sentindo (do vermelho) então coloquei outro personagem pra confundir e dizer que tudo não passa de uma farsa enorme e cansada. Tudo se repete e nada disso serve pra nada. As crianças ficaram sérias. Acabou a graça. Acabou, vamos arrumar essa bagunça que foi inválida. Cansei de provar, cansei. É tudo mentira. Ergo a bandeira que já vai batendo na coluna amarela, amassando o carro enquanto eu tentava freiar mas já era tarde, as vezes tomam vida própria, não há direção, então o carro entrou com tudo debaixo da cama, onde havia um mosquito mortinho-mortinho até hoje não joguei o tirei de lá, ele não reintegrou dentro de um apartamento. Mesmo que soubesse que era - Impossível. Tentei e caí estrada a fora pra voltar ao ponto. De partida. Não dá pra renascer entre o concreto, o asfalto, o assalto, pé fora já vamos atropelando rápido indo embora. Já, perdeu a graça e acabou. Acabou.

Nenhum comentário: