9.2.02

Dica do mestre dos magos para o Carnaval

Falar que eu não gosto de páscoa, aniversário, natal, carnaval e coisas do tipo superfulamente comemoráveis; normal. Aproveitar o feriadão e ir com seus mínimos trocados acampar num lugar calmo, bonito e barato; normal - sempre vou (no passado) pra Piri. Bom, bem que monetáriamente falando, daria pra passar uns dias em Piri, mas nem... NEM PENSAR! Piri, com a graça da grobo, agora é Jagatá. Na última vez que estive lá (acho que em setembro), acampamos no mesmo camping de sempre - o da argentina - e estava totalmente diferente, lotado, sujo e caro. Antigamente a gente pagava 4 ou 5 reais por dia, a barraca ficava armada tranquilamente no espaçoso matinho verdinho, passávamos o dia interio tranquilos nas cachoeiras e tudo estava lindo. Mas isso foi só até a Sandy resolver dá uma de "pode crê". Depois da novela, Piri virou um inferno holístico. Tem projeto de doido de todos os gêneros e estilos. Na minha concepção, lá sempre foi um refúgio para as pessoas que preferem respirar ar (ao invés de monóxido de carbono) no fim de semana, preferem um lugar onde, principalmente, os pés são utilizados. Trilhas, cachoeiras, verde, mato... O asfalto da cidade é daqueles antigos, cheio de remendos quadriculados - coisa de cidade pequena. Mas Piri está uma merda pseudohippie. Agora você vê aos bandos menininhas "mamãe eu quero ser Sandy", com suas roupinhas modelo "Hare Krisna vai à Jagatá", saltos finos e altos que vão enganxando nos buracos do asfalto. Hippie de salto agulha e brinco dourado é o que dá em Jagatá. Fora os ladrõezinhos de acessórios que se sentem livres para atuar em lugares lotados de patricinhas e mauricinhos que viajaram pela primeira vez sem a família.Em Setembro arrombaram nossa barraca e levaram a mochila da Ana e a do Léo Patricinha (a gente apelidou porque ele era muito fresco). Engraçado que no dia seguinte o vizinho veio avisar que tinham uns os sutiãs jogados no matagal (abaixo do camping). Resultado: levaram só as mochilas. O fato é que não vou à Piri nem que a vaca fale tamara! Preciso procurar o rio que corre ao contrário.

Mas poxa vida, ficar em casa assistindo Nelson Rubens "Okey Okey" até de madrugada só me dá náuseas! Não dá mesmo, fico querendo morrer porque não viajei. E por isso, hoje tô indo pra qualquer lugar que apareça. Que seja pra ir nos mesmos bares ordinários que tem as mesmas pessoas que eu tô cansada de ver, vai ser lindo! Vou achar maravilhoso e ótimo. Ah, eu saio de casa hoje... Pelo amor de Zeus - Nelson Rubens e as bundas e as caras e o silicone e a camisinha de time de futebol e Luciana Gimenez e Astrid (que agora é baba ovo de pagodeiros da Bahia) e alegorias e .. - nem, nem, nem. Hoje acordei muito estranha. Estou até meio ecológica ( deve ser por causa do excesso de porcaria ontem), meu cérebro pede uma limpeza. É tortura porque fico pensando no tanto que quero sair logo daqui, penso no tanto que gosto de viajar. Esse ano não viajei por causa de Floripa, que é uma possibilidade de viagem longa. Mas se não me aceitarem na facults, acho que vou surtar de vez. Estou calma, hoje tenho certeza que vou sair nem que seja pra ver se tô ou se tem alguém na esquina. Como diria o mestre dos magos: você vai encontrar o rio que corre ao contrário...

Ah, a tal DICA DO MESTRE DOS MAGOS: procure o rio que corre ao contrário. Ele te levará pro lugar que desejar ir...

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