25.12.07

Your system will be invaded, wait

Bom, senhor F. Bueno,

Saiba que você não invadiu uma conta qualquer. Estou trabalhando para que você pague por sua promiscuidade - isso de invadir a conta de emails alheios. No momento, trabalho para fazer um sniff em suas portas. Como o senhor é um espertinho (um fanfarrão, eu diria), penso que já saiba o que isso significa, portanto não vou gastar meu tempo lhe explicando coisas tão banais, já que estou bastante ocupada elaborando um netbus esperto para um acesso remoto em suas hospitalidades.

Aguarde o retorno,
Srta. T. Rabbit

5.12.07

São três meses seguidos de desastre infinito. Multidama buraco negro que há tempos fucking you – for backwards, no cimento, com britas - no se culpe -, repete - a nadie, finaliza. Medo e alienação descaracterizam a força das atuações diferenciadas.

"Trata-se aqui, essencialmente de uma baixa de nível repugnante, de um aborto vulgar. A vida da escória não é invejável. Ela perdeu a elasticidade de uma energia vital sem a qual a humanidade se degradaria. Ela só pôs em proveito as possibilidades de um relaxamento global, fundado sobre o mínimo de imaginação, limitando a apreensão do futuro. Entregando-se sem contenção ao gosto pela fraqueza, ela fez da fraqueza um estado constante, sem sabor e sem interesse", merci Bataille (O Erotismo, pg.382).

Moldes-avatar:
Sucumbo ao símbolo
e Outros Figuras.

Dança com Explosivos
embucha do abutre e depois
manda bye-bye, filhos da placa-mãe.


Att: Risadas são códigos.

28.11.07

De todos os fogos

Lascadão no artifício Curadoria do Poeta, para o Portal Literal, me faz uma cócega de privilégio e eu acendo, em brasa, do teu bucho luminoso.

redondamente encantada,
T.

13.11.07

Recuerdos de um periodista

- Drink, sr?
- Por favor, espumoso...

Estamos no lançamento de uma clínica pástico-cirúrgica. Eu, de otária que sobra no final do dia pra ficar até o fim ouvindo o que eles tem a dizer - eles, os pagam que pagam pelo anúncio. Um senhor de preto, mui delicado e solitário, assim como eu, talvez nem tão astuciosa, mas também entediada, mal paga e meio fora do contexto. Quem sabe um dia... Me aproximo em moldes-brinde.

- Prazer! O que o sr faz por aqui?
- Soy Diacono...
- Eu? Jornalista.

Todos vendidos,
embriagados para suportar,
aspirando algo além -
amém. amém.

9.11.07

COMUNICADO

Informamos que sim, há saídas. Mas antes, é preciso arredar qualquer manifestação de falso arrebatamento, falsas instruções, demarcações adulteradas ou inúteis pontos de fuga. É preciso alucinar as transmissões. Bardo. Atenção: música, ritmo e humor. Sem fôlego não haverá rumo. São muitos, todos, cegos em tiroteio. Eles erguem o pescoço; os vampiros estão famintos - e continuam mui seductores.

Mas esta mulher (e todas as anteriores) continuará cantando sobre os escombros enfumaçados, recolherá os ossos e correrá - com os cães e os porcos. Ouçam: Hilda Hilst.


Antes que o mundo acabe, Túlio,
Deita-te e prova
Esse milagre do gosto
Que se fez na minha boca
Enquanto o mundo grita
Belicoso. E ao meu lado
Te fazes árabe, me faço israelita
E nos cobrimos de beijos
E de flores
Antes que o mundo se acabe
Antes que acabe em nós
Nosso desejo.


(Júbilo Memória Noviciado da Paixão(1974)/ Árias Pequenas. Para Bandolim)

5.11.07

Fim de semana finado
recuerdos (a todo instante)
que ao invés de transubstanciar,
preferimos, como sempre,
entoar
durante três dias seguidos
a ode-açougue à nossos entes
numa tentativa
de relembrar a forma decadente,
e reafirmá-la a qualquer custo.

Instruções:
Amar o defunto
e demais corpos decrépitos.
Compactuar com as fragilidades;
perfumá-las de flores,
se apegar e depender de qualquer coisa-elo que assim nos ligue.

Compreende quem pode/ Compreende quem morre.

25.10.07

São Paulo

“... e amando com todo ódio
se odeiam com todo amor
são oito milhões de habitantes
aglomerada solidão.”
São, São Paulo, Tom Zé

Olha só, meo bem
Não adianta saber um soco
Um boxe ou um kong fu jeitoso
Se o que te surpreende
É o todo.

Oh lá,
Tudo indica.

Recomendações:
Segure a sacola do lado direito do peito
Aperte o passo
Respire e vibre no plexo algo poderoso
De paixão, não – de medo
igual igreja?
Você, só mais um otário.

E não esqueça de deixar
A cópia original em algum lugar seguro
Ou melhor: se esqueça com devida atenção
Pra não deixar levar
Aquele trecho escrito que lhe salvou a manhã.

Olho pro alto,
Durante vários dias seguidos
Sinto que estou no chão, finalmente
Aquele piollho do gigante cabeludo.

Me perco no retorno,
E volto contrariada
Dúbia De paixão, outra vez
Me perco,
naturalmente.

17.10.07

Dos homens

escroto e impertinente,
o homem desconta no outro
seu fracasso.

então sempre tem um babaca que ouve,
enquanto o preocupado fala de si mesmo,
porque silêncio,
só é vazio pra quem têm
pouca substância gloriosa.

prefiro os fodidos,
ou os que vibram sem desejo.

Desejo?
É fôlego e rumo,
dos sozinhos.

26.9.07

oh mdme midiátrica,
roubando o macro-sumo distribuidor e dando tudo pra vc!

http://www.sirva-serecords.blogspot.com/

do caralho.

31.8.07

O movimento está parado

Assim: tudo tem um tempo de vida. Os aviões e as pessoas, a Terra, a água, o ar, o fogo, bem sei. Menos os livros, e talvez os gatos tempos imensuráveis. O momento é de explosão e calmaria. Barbárie e silêncio. Blasfêmeas e blasès. Eu, do meu lado egoísta e burguês-viciado sinto que algo precisa ser feito, mas pouco continuo fazendo a não ser disseminar (pontas) possibilidades de abertura em reino de sapo costurado com fio de aço. Olho de vidro, quase um olho que vê, e a cada dia sente menos do que devia ser próximo e dentro. Moldes seca-cerradão. Atearam fogo no mundo e você vai ficar esperarando a brasa chegar perto para acender o cigarro, ou cair fora. Superando Bobs e Britneys, assoando, cuspindo e escarrando.

Em vez disso eu conto que:
Fluxo é o movimento-passagem
no entre-tempo da novidade-notícia
que passa todo dia
(como o vício)
pela escolha.

Ver também: tabaco pode provocar alterações genéticas

21.4.07

Em cadeia...

"Tenho um conhecido, por exemplo... Mas senhores! Claro que ele é vosso conhecido também, não há ninguém que não o conheça. Quando se prepara para uma ação, esse cavalheiro logo vos explica exatamente, com elegância e clareza, como deverá agir em consonância com as leis da razão e da vontade. E mais: falar-vos-á animada e apaixonadamente dos verdadeiros interesses normais do homem, zombará com ironia dos idiotas de vistas curtas que não percebem seus próprios interesses, nem o valor real da virtude. Mas, um quarto de hora depois, sem nenhuma súbita provocação externa, simplesmente obedecendo a algum impulso interior mais forte que todos os seus interesses, partirá para uma jornada inteiramente diferente - isto é, agirá contrariamente a tudo o que acabara de dizer sobre si mesmo, contra as leiz da razão, contra o seu próprio interesse, numa palavra, contra tudo... Previno-vos que meu conhecido é uma personalidade múltipla, pelo que se torna difícil condena-lo individualmente. O fato é, senhores, que deve realmente existir alguma coisa mais cara a quase todo homem do que seus maiores interesses, ou (para não violar a lógica), sempre há um interesse interessante (aquele único omitido de que falamos a pouco) que é mais importante e mais interessante que todos os interesses, pelos quais o homem, se necessário, estará pronto a investir contra todas as leis, ou seja, contra a razão, a honra, a paz, a prosperidade – em suma, contra todas essas coisas belas e úteis, desde que possa atingir aquele interesse fundamental que lhe é mais caro que todos os demais."

(Trecho ursurpado de 'Notas do suterrâneo', de Fiodór Dostoievski, para fins de pura obscenidade, digo, perturbação)



Tem uma coisa nas gentes
que o medo ou a vergonha
ainda não foram capazes de mascarar:
o cheiro.

27.3.07

For dummies - Ou por uma vida menos cavalo




Daqui, nem tão distante quando você pensa
nem de tão perto quanto pareço
vejo cinco homens;
um de fronte ao outro
entre eles me anulo e me fundo
num círculo esfumaçado e reluzente
de despropósitos.

Um se levanta e vai embora antes que a bola chegue em seus pés (ou dedos)
Outro levanta e grita mais alto, suspenso
Um gargalha (vejo seus pinguelos)
Um se cala e fixam-se olhos, nus
Outro amonta em cima dos cinco
Porque pra se sobressair é preciso ser muito cavalo.

Então galopa, nenê
Por cima dos cinco ou dos quatro? Dos cem, dos mil
Das plantas, animais, idéias, presentes e pertences
Tudo que for passível.

Galopa, mas preenda bem as pernas
E trave bem o que tem entre as coxas
Porque se tu cai também
É mais um que vem por trás, te arrombando os lados trôpegos.

De fronte à vitrine
Todos olham seus reflexos
E não se sabem além do couro
Porque pra ser homem é preciso ter estômago e osso
E muito bago.

Tentam não vomitar
Mas a tentativa é só mais um argumento
inválido.

Moral: Compre um gato, dê-lhe o nome de Corsário-satã e tente montá-lo numa sexta feira 13 do ano em que Saturno fecha o ciclo. Daí são outros quinhentos vezes cinco.

5.3.07

3/4 embaixo da escada

(para Ju)

De coisa passaram muitas, cabeludas, congênitas, arranjadas e inevitáveis – frutos podres, da ordem do extermínio e flores de estação. E de novo o medo, mesmo que dessa vez mais distante do passado, que passava próximo a auto-sabotagem dos recursos de sociabilidade. Na ordem do traumas, da tensão e do terror desenhados, a ordem direta do vulgar amanhecia. Visualidar a coisa, ouví-la e por fim engolí-la numa tentativa. Depois, o que poderíamos fazer? Aniquilar os espasmo? Sabemos que seria um pouco mais difícil dormir. Depois, um pouco mais.. Charles dormiu sorrindo, oba oba. Um pouco mais dolorido, Antonico. O próximo quarto está perto. Vou... Passo rente, e riem-se - profetas dos corredores.

“Mas tenho os olhos tranqüilos
De quem sabe seu preço
Essa medalha de prata
foi presente de uma amiga..."
Jards Macalé



Dona Gal também Costa, a todo vapor, em 1972
Tal como a tirana bóia gritando no balanço do trem estrelado.

Tente baixar o que estou baixando

17.1.07

Leitura labial

11.1.07

Transmissão

5.1.07

Poesia uma ova

Eu boto, no site brocto do Diogo - O expressionista