5.3.07

3/4 embaixo da escada

(para Ju)

De coisa passaram muitas, cabeludas, congênitas, arranjadas e inevitáveis – frutos podres, da ordem do extermínio e flores de estação. E de novo o medo, mesmo que dessa vez mais distante do passado, que passava próximo a auto-sabotagem dos recursos de sociabilidade. Na ordem do traumas, da tensão e do terror desenhados, a ordem direta do vulgar amanhecia. Visualidar a coisa, ouví-la e por fim engolí-la numa tentativa. Depois, o que poderíamos fazer? Aniquilar os espasmo? Sabemos que seria um pouco mais difícil dormir. Depois, um pouco mais.. Charles dormiu sorrindo, oba oba. Um pouco mais dolorido, Antonico. O próximo quarto está perto. Vou... Passo rente, e riem-se - profetas dos corredores.

“Mas tenho os olhos tranqüilos
De quem sabe seu preço
Essa medalha de prata
foi presente de uma amiga..."
Jards Macalé



Dona Gal também Costa, a todo vapor, em 1972
Tal como a tirana bóia gritando no balanço do trem estrelado.

Tente baixar o que estou baixando

2 comentários:

Anônimo disse...

Tempo Tam Tanto Tem.
Tento Ter o Tom.
Saudades, viu ?

J. disse...

os recursos naturais e sociais, continuam escassos e em plena decadência.
e nada, nadinha, posso eu fazer contra a gravidade.
por isso, sem recurso: recluso.
reclusa.
enfim, não importa o sexo. mas a falta dele.
sobretudo, a falta de sexo verbal.
porque o verbo deveria ser mais amor do que rancor.
mas, a cada dia, tomo consciência que quando é amor a gente não fala, a gente faz.
eu ainda falo de mais e faço de menos.
e ausento-me.
refugio-me em um lugar íntimo e escuro.
mas juro.
enxergo os primeiros raios de luz.
eu vou até lá, sacar a onda. e vou só porque não há outro jeito de ir.
só só somente só.