24.7.15

a crítica surrealista de Willer

"Como já observei em outras ocasiões, indagando sobre a possibilidade de uma crítica surrealista (Willer 2008-a, p. 318; Willer 2006), o surrealismo é um instrumento de leitura; um meio para enxergar mais em outros autores, independentemente desses serem expressamente vinculados ou não àquele movimento. Inclusive para enxergar mais em Dante, como já o sugerira Breton no Manifesto do Surrealismo, ao abrir a série de atributos surrealistas em predecessores: (“Mallarmé é surrealista na confidêmcia. Jarry é surrealista no absinto. Nouveau é surrealista no beijo.” etc): “Numerosos poetas poderiam passar por surrealistas, a começar por Dante e, em seus melhores momentos, Shakespeare” (Breton 2001, p. 41) É o procedimento de Piva com relação a Dante, invertendo-o, transformando o Inferno em Paraíso."

Nenhum comentário: