Primeiro a parede de néon, áries com sagitários, depois aquela história toda de dizer que ama muito qualquer coisa, coisa nenhuma
Você sabia de toda a carnificina que eram os meus olhos, veio com aquelas paredes ridículas cheias de anjinhos, o caralho a quatro, me investigando de costas e eu, eu, uma vírgula no seu corredor sem vasos
Depois minha pausa, corda que se estica, mesmo de longe desfiz teu nó de fita, osso sacro curvado entre duas três pintas, vago situado pele sem traço, constelação vermelho teus sinais de sol opaco, o tempo, o tempo todo
Fôlego nenhum alcança o velocípede da paixão, toda nuinha, como eu amo ouvir os guinchos janela afora, fiz figa e os dedos tiveram vergonha, vamos brincar de pula-pula?
Adiante um dia, duração de cabeças, quadris e superior das coxas, abaixo as horas e no tempo de minha casa tua, levanta e abre a porta, brinca, calcula, acorda, acorda
É imprescindível se erguer por ora, a manhã nos reclama, vai tomar no meio da sua rodela, as janelas elas sim nos odeiam, o cobertor mapa de sonhos não entraremos nunca mais no país do sono
(Poema-parceria Paulo Sposati Ortiz & tamara e costa)
2 comentários:
no corredor uma vírgula...lindo!
viva o paulo ortiz!
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