o menino que era o homem entre os bípedes. ele atravessou a rua despretencioso. parou na calçada. olhou para ela. teve certeza. depois do abraço-urso teve certeza outra vez. talvez tenham sido os olhinhos somados aos dentinhos que juntos - ainda que separados - reluziam algo que de pureza ainda tinha no menino, o homem. o homem entre os meninos. e depois foram silêncios, horas sem dizer nada (hora-abraço). dorme o mal-dizer, as assombrações e tudo aquilo que não deveria ter sido dito. nina tinha no peito algo que batia lento, reduzida a quase nada a força da ânsia. vão-se os corações e quando fica o sorriso há esperança. sim, era o menino. ele estava por perto e sentia pelos dentes dela. e eram símbolos e era tão novo mesmo sendo repetido. era manhã e era cama e era noite e era cada vez menos (menino).
"O eterno é a leonidade que nós vemos no gato." Paulo César Peréio
3 comentários:
E e bem isso mesmo que acontece por aqui. so que os olhos daqui nao podem ser lidos de forma alguma. neguinho nao deixa. So tou querendo mostrar que existe vida apos a decepcao. eu sei bem disso. mas neguim nao quer! O menino ja se foi. Agora e um homem perdido ou que calcula friamente seus movimentos. E eu doida tentando decifrar os codigos!! Espero que meninos se tornem homens. Ja estou na menopausa sofrendo com os malditos calores. Adorei seu texto. Saudades sempre. RAFA. XX
vida após a decepção. é isso mesmo - deve haver uma vida após a decepção, e nesta vida os acontecimentos são diretamente proporcionais as desventuras das ocorrências anteriores. é como se a cada momento algo disesse - sim, é possível. tá vendo, com essa pessoa acontece. as vezes é o que não aconteceu (o drama).
saudade é a minha.
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