10.2.10

Ain't no grave

Ele fecha os olhos e vira o rosto para os dois lados numa tentativa de capturar tudo que está a sua volta. Lentamente a intenção de um sorriso ecoa em seu semblante. Dentro do quarto a cortina ondulava ao vento e lhe confirmara algo. Lá fora a nuvem se juntava a fumaça dos carros – e acima de tudo isso o ambiente é céu (seu). Dali, tudo parecia tão pequenino, tão calculável... A surpresa da cidade-tédio clamou ainda - três vezes - por ele. Nunca o somente pão, nunca o tão só o tijolo, nem o sonho. Seria a noite um buraco? Disse "nada é tão grave", e fechou os olhos outra vez.

"Ain't no grave can hold my body down..."

Ver também:

Nenhum comentário: