16.1.10

Jazida

Olhos Corrompidos Pelas Circunstâncias
(AQUI JAZ LEÃO)
- entre outras taras e consumos -
ainda que desconfiado,
sobe a montanha
com o que ainda lhe resta de confiança.

No cume se instala;
constrói uma muralha (quadrada)
onde está suspensa
a Rosa Azul Espiralada
- que brota
(e deixa-se morrer)
tola entre as pedras da tosquidão.

Na constante tentativa de
EXALTAÇÃO
Olhos alonga os braços
e curva-se DIVINO
mas é impossível alcançá-la
- ainda -
tão menos em altura
quanto em profundidade.

Raras rosas azuis
sutis estranhas rosas
desconfortantes
- por serem únicas? por manterem-se ternas?

Assombro e Fascínio, arregalados
tolos entre os Olhos
de todas entre as
escolhidas (escarlate)
que apodrecem
contínuas.

Não contente em ter
cercado muralhas
passa a trazer mais pedras
- desta vez para o telhado.

Coberto e soterrado
afunda-se sobre o próprio domínio
TERRA
prostrado eterno azul - no tempo das rosas
do acima-azulado que reflete a beleza
de olhos estáticos arregalados
tão somente na poesia-última
que brota
do último fôlego empoeirado
e imortal
que ainda canta apaixonado:
que - UM DIA - fosse possível
compreendê-la.



Ver também: Faraway, so close

7 comentários:

isaac disse...

uma vez eu tentei ter um blog, desde então invejo quem tem. fizemos uns 50 posts, mas eram deletadas em série antes de desmamar. bom esse seu.

http://afasiaoutorgada.blogspot.com/

Tamara Eleutério disse...

Yummy, balbuciou sr. Cronos!
hoho

isaac disse...

você bem que poderia ler Deleuze...

Tamara Eleutério disse...

Você bem que poderia ler Marina Tsvetáieva.

isaac disse...

tenho umas idéias

Unknown disse...

noussa...amiga
o que é isso?
Adoro!
Adoro!

Tamara Eleutério disse...

Vamos Isaac, vamos. Antes que finde em nós - antes do cálculo.