30.10.09

MEMÓRIAS ou TRISTES PUTAS, REDONDAMENTE PUTAS

A puta cai do céu direto na mesma ponte onde hoje tento suicídio, no Sena, em Paris. O nome dela: Ângela. Eu aqui (imigrante árabe) tentando morrer com dignidade afogado num museu a céu aberto. E do céu me cai essa loira num micro-preto e salto-agulha. Grace, Ângela, ou o anticristo (ver também Lars Von Trier). Já nem me lembro mais seu nome. Pulo contigo - ou pulo, porque pulastes antes. Pulo porque não me deixastes escolha. Talvez seja um sonho.



Isto não é um caximbo, de René Magritte


Somente um devaneio? Te digo, quanto tenho alucinações do deste tipo, não acordo muito bem. Fico semanas remoendo o gosto de sangue do vestido. Ou seria o gosto do esmagamento das pedras? Je ne sais pas.

* Lembrar que puta pode ser aquela que te leva o pagamento do mês em menos de três minutos - ou uma semana, aí do cartão-de-crédito, calcule.

Nenhum comentário: