O sujeito era um médico. Desses viciados em metilfenidato. Um dia o cara foi num antiquário e comprou um saco. Passou a trancar umas cousinhas dentro dele. Um dia o saco, já de saco cheio, foi visto do outro lado da cidade. Ele se arrastou pelas calçadas. Os curiosos se reuniam nas sacadas pra ver o saco passar. "Onde está responsável por isso?", questionou o delegado. Quem viu comentou e a história foi tomando a cidade. Enquanto ele ia se arrastando, pegajoso, o povo ia atrás repudiando. Mas ninguém teve o culhão de pegá-lo a força. Nem de abrí-lo. O saco, já no ápice da raiva, explodiu e seus pedaços saíram se movimentando, em forma de macaco, para fora de todos os asfaltos, em busca de bananas e fêmeas.
"Mas o macaco difere essencialmente do homem por não saber da morte. A conduta do macaco junto do congênere morto exprime a indiferença, enquanto o Homem ainda imperfeito, de Neanderthal, ao enterrar o cadáver dos seus fá- lo com supersticioso cuidado que trai ao mesmo tempo respeito e medo", Georges Bataille, in As lágrimas de Eros
2 comentários:
que porra de metilfenidato o que!!!
do tipo viciado em Ritalina, nome comercial.
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