homenagem aos defuntos lembrados neste feriado e pelo odor deixado por pessoas que passam
As vezes me perco em lembranças do passado, como se fosse alguma coisa com a qual eu tivesse contato. Bem, tive. E passo tempo demais passando a roupa-suja. Bem, passo. Algumas pessoas convertem-se em cheiros, outras em objetos. O melhor a fazer, neste caso, é me livrar das roupas e dos objetos dignos de associação. Converter a alegoria em simples vestimenta, adereço. Apagar os arquivos existentes. Pensar o passado como uma roupa que me serviu muito bem por um período, passado. Mas o cheiro fica. E por mais que difícil que seja, por mais mole e viva que eu seja, endureço pra não me esquecer - que por melhor e mais caro que seja o shampoo, o odor é sempre o mesmo. não dá pra evitar verdades tão tácteis.
Você usa cosméticos,
no rabo.
4 comentários:
Usados.
gente, preciso andar mais por aqui, caríssima tam. gabi disse que queria ter falado com vc, que tava com saudade, mas a amidalite não permitiu. postei "as intermitências do marrom". eu, meus botões e saramago. e véspera de feriado?
Gostei da sua definição de passado.
E gostei das pombas-rolas que passeiam pelas pernas.
Gosto das imagens que você cria nos seus textos.
Ass. Um cheiro antigo.
cadê? cadê?
na ressaca do reveillon ainda?
quero ler-te, mon amour.
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