30.12.04

Ia ser só um trecho,
mas pra acabar com o julgamento do corte (deus-e-paraíso à prazo);
cortázar e o desenrolar do novelo.

Então eu fico com o silêncio da pergunta
e da resposta mais bonita;
é mentira, é mentira e é mentira.


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Ritual
(Cazuza)

Pra que sonhar
A vida é tão desconhecida e mágica
Que dorme às vezes do teu lado
Calada
Calada

Pra que buscar o paraíso
Se até o poeta fecha o livro
Sente o perfume de uma flor no lixo
E fuxica
Fuxica

Tantas histórias de um grande amor perdido
Terras perdidas, precipícios
Faz sacrifícios, imola mil virgens
Uma por uma, milhares de dias

Ao mesmo Deus que ensina a prazo
Ao mais esperto e ao mais otário
Que o amor na prática é sempre ao contrário
Que o amor na prática é sempre ao contrário

Ah, pra que chorar
A vida é bela e cruel, despida
Tão desprevenida e exata
Que um dia acaba

8.12.04

CABEZA MARGINAL

Hiperguetos, do João Filho

o cara.





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Eolália, mais um desses peixes que NADAm - ficam - fogem - ou enfiam os cabelos na cara - pensou em dizer uma coisa. e não disse.

senti um cheiro de sabão-em-pó no que ar sobrou.

palavra lavada

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