3.5.02

Ah, e tinha mais um texto inacabado... Escrever em salas de plástico branco dá nisso. Pelo menos alguma coisa dá, alguma coisa acontece. Alguma coisa escrevo agora nos papéis e - não mando. Ninguém manda, nem eu, a mão vai sozinha... Bem melhor as vezes é melhor à noite você vindo e a música e outra - mão - na outra vindo por todos os engates, uma na outra, e...

o texto velho que não li vai ficar aqui - ocupando o espaço que não ocupo.

" Uma moça à passeio. Bem, situando-se no espaço, estava em claro a vários dias.
Primavera, então flores coloridas. Outras cores sem visita, flores com cores
outras e simplesmente indefinidas. Via-se apenas o vácuo no centro delas,
enquanto todo o todo se constituía, saindo daquele pequeno centro – irradiante.
Aquela moça esperava a presença de outra, outra presença de quem não conhecia ao
certo. Certo, entenda-se aparentemente – um erro. Aquela moça e suas
relatividades e seus referenciais mais poéticos que físicos. As palavras, que
deveriam falar apenas sobre os fatos. As palavras, que com o tempo passam a
designar outros fatos. As que não mudam, essencialmente de forma, não de
sentido, tratadas como símbolo e representação... Alguém chega e entra - você
outra vez. É um sonho. Me abraça como... Veja, estou tremendo como quanto disse
que como... Desconexa, é o efeito mesmo. Não, não é mesmo verdade. Outra...
Pare! Desçamos as escadas, lá fora tem um jardim então vamos sentar, verde. Mas
quem é agora? Você muda de forma e de cor e de expressão e... Um beijo de olhos
fechados. Abre outra..."


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